USAID fecha portas após seis décadas de operações humanitárias a nível mundial

 

O Governo norte-americano, liderado por Donald Trump, anunciou, na noite de ontem, o fim das operações da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), criada em 1961 e considerada durante décadas a maior distribuidora de ajuda humanitária do mundo.

O encerramento faz parte da política de contenção da administração federal e foi um dos principais alvos do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) de Elon Musk, que procurou eliminar o “desperdício” de despesas públicas.

O secretário de Estado, Marco Rubio, diz em comunicado citado pela imprensa internacional que a USAID não cumpriu os seus objetivos desde o fim da Guerra Fria, além de ter criado uma rede de organizações não-governamentais (ONG) que viveram “à custa dos contribuintes americanos”.

“Esta era de ineficiência chegou oficialmente ao fim. Sob a administração Trump, finalmente teremos uma ajuda externa que prioriza os nossos interesses nacionais”, vincou.

Para Rubio, os cidadãos norte-americanos “não devem pagar impostos para financiar governos falidos em países distantes” e prometeu que, a partir de agora, “a ajuda será direcionada e limitada no tempo”.

Durante o processo de encerramento, foi anunciado que, dos cerca de 10 mil funcionários e contratados da agência em Washington e dos seus escritórios em todo o mundo, apenas 294 permaneceriam para manter as operações mínimas.

O fim da USAID foi muito criticado por especialistas em ajuda humanitária e organizações internacionais, que alertam que o seu desaparecimento deixa uma enorme lacuna nos programas de saúde, educação e resposta a crises humanitárias.

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