Com o nome comprometido, os camaradas tentam afastá-lo do cargo de DG. No entanto, Taurai, além de se mostrar resistente à exoneração, impõe condições para a sua substituição e avança com nomes de quem deve ocupar o cargo que actualmente exerce.
De acordo com fontes internas, Cangi Narane é um dos nomes que Taurai gostaria de ver à frente da direcção. Narane, que actualmente ocupa o cargo de Director de Regimes Pauta e Valor Aduaneiro (DRPVA), é responsável pela emissão de isenções no âmbito da Lei de Investimentos, isenções para diplomatas, e também pela pauta aduaneira, criação de armazéns aduaneiros e regulação dos pedidos de importação temporária de meios de transporte como grandes navios, aviões e helicópteros.
Pelo sim, pelo não, está claro que Taurai deseja manter a sua influência na instituição, mesmo que de forma indirecta, manipulando as estruturas de poder para beneficiar aliados e garantir a sua permanência numa posição de controlo.
Por outro lado, uma carta escrita e assinada com nomes fictícios (de supostos funcionários da Autoridade Tributária) dirigida à Ministra das Finanças, Carla Louveira, denuncia graves violações da lei e fortes esquemas de corrupção institucionalizada na Autoridade Tributária de Moçambique.
Numa carta de cinco páginas, são mencionados vários nomes de líderes da Autoridade Tributária e das Alfândegas de Moçambique, com destaque para Taurai Tsama, os quais são acusados de nomear funcionários da sua confiança para postos estratégicos, como portos, aeroportos e outras instalações, visando drenar grandes quantias. “Excia, estamos cansados deste bandido. Devolva este senhor ao Ministério do Interior, onde já deveria estar na reserva”, lê-se numa das passagens da carta.

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