O Ministro sul-africano das Relações Internacionais, Ronald Lamola, disse, esta semana, que as congratulações da África do Sul ao partido Frelimo, pela eleição do seu candidato Daniel Chapo à Presidente da República, foi um acto de praxe.
Em conferência de imprensa, explicou que não se tratou de uma atitude marginal à norma, ainda que o Conselho Constitucional não tenha validado os resultados preliminares anunciados pela Comissão Nacional de Eleições.
“Sabemos quando os parabéns são emitidos. Não é nada único ou incomum que a África do Sul tenha feito com o resultado das eleições moçambicanas. Imediatamente após os resultados preliminares… essa é a norma” disse.
De acordo com Lamola, a África do Sul não poderia proceder de outra forma temendo especulações de estar a encobertar o partido Frelimo.
“Então não saímos do caminho para proteger nossos amigos da Frelimo, como está sendo insinuado. Apenas seguimos o processo. Não podemos deixar de fazer o que é a norma porque seremos vistos protegendo nossos amigos” vincou.
Os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro passado indicam uma vantagem do candidato da Frelimo com 70% dos votos. O segundo mais votado foi Venâncio Mondlane, com 20,3% dos votos. Mondlane reclama vitória e diz que os resultados anunciados são fraudulentos. Devido aos resultados, desde 21 de Outubro o país vive sob protestos que já mataram dezenas de pessoas.
Na semana passada, a Autoridade de Gestão de Fronteiras da África do Sul fechou intermitentemente o posto de fronteira de Lembobo depois que a infraestrutura foi destruída no lado moçambicano e as autoridades tentaram buscar refúgio na África do Sul.
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